No dia 22 desse mês de março, a turma do 7º ano do Max fez uma visita ao Museu de Arte Sacra de São Paulo. No início do bimestre, os alunos elegeram o tema “Religião” a ser estudado na aula de História. Após responderem a diversas questões e sanarem dúvidas sobre as principais religiões do mundo, o E7MA decidiu que um passeio seria a melhor forma de conhecer mais de perto sobre religiões. Mas aonde iriam? Depois de algumas sugestões levantadas, a turma optou por agendar a visita monitorada ao Museu de Arte Sacra e ver de perto como a religião virou arte no passado e continua cativando tantos fiéis hoje em dia.
Depois de uma rápida consulta ao site do museu, descobrimos que a maior parte das obras da exposição são objetos da religião católica, cuja arte se desenvolveu bastante durante a Idade Média, conforme aprendemos. Mas algumas surpresas estavam por vir. A turma chegou ao seu destino na manhã do dia 22 esperando ver apenas obras de arte consideradas sagradas. Logo, a monitora explicou que aquele é um museu formado por objetos que foram sendo colecionados por um religioso ao longo de sua vida: Dom Duarte Leopoldo e Silva, que foi o primeiro arcebispo de São Paulo. Ele recolhia as obras de capelas e pequenas igrejas das fazendas em São Paulo que eram demolidas depois da Proclamação da República no Brasil. Além disso, o Museu faz parte do mesmo prédio onde ainda hoje vivem as monjas do Mosteiro de Nossa Senhora da Luz.
Os alunos entraram em uma sala de paredes de barro, onde antigamente as mulheres passavam muito tempo rezando e colocavam papeizinhos com pedidos pessoais em buracos na parede. Alguns se lembraram que essa é ainda uma prática comum dos judeus que visitam o Muro das Lamentações em Jerusalém.
Vimos também pequenas imagens de santos que antigamente os negros escravizados vindos da África faziam em nó de pinho (uma madeira daquela parte entre o tronco da árvore e o galho que é muito dura, e por isso os artesãos jogavam fora). Essas imagens têm rostos muito diferentes dos estilos europeu e medieval de arte sacra, pois os negros faziam os rostos dos santos com as características das máscaras africanas que eram parte da sua cultura.
Ao final do passeio, os alunos, acompanhados pela professora e pela coordenadora Kátia, fizeram um lanche e aproveitaram para provar o pão, os biscoitos e o bolo que são feitos pelas próprias monjas do Mosteiro de Nossa Senhora da Luz. Isso é Vivencionismo. Viver e realizar.